sábado, 24 de março de 2012

Deus não faz pobres - Beato Frederico Ozanam


Habituados até agora a considerar unicamente o interesse temporal no governo dos homens, os políticos só procuram as causas da miséria na desordem material. Formaram-se assim duas escolas que reproduziram todo o problema social à produção ou à distribuição das riquezas. De um lado, para a antiga escola dos economistas, a maior catástrofe social é uma produção insuficiente e a única solução é acelerá-la, multiplicá-la, através de uma concorrência ilimitada; não há outra lei do trabalho além do interesse pessoal, que é o mais insaciável tirano. De outro lado, a escola dos socialistas modernos vê toda a raiz do mal numa distribuição viciosa dos bens e crê salvar a sociedade suprimindo a concorrência, fazendo da organização do trabalho uma prisão destinada a alimentar seus prisioneiros e ensinando ao povo a aceitar a barganha de sua liberdade pela certeza do pão e a promessa do prazer.

Esses dois sistemas, por caminhos diversos, chegam ao mesmo materialismo. Um reduz o destino humano a produzir; outro, a gozar. Não sabemos se temos mais horror daqueles que humilham os pobres, os operários, a ponto de transformá-los em instrumentos da fortuna dos ricos, do que daqueles que os corrompem até lhes inocular as paixões dos maus ricos.

[...] Deus não faz pobres, não envia criaturas humanas às contingências desse mundo, sem as prover de duas riquezas que são as fontes das demais: a inteligência e a vontade. As riquezas morais tanto são a origem de todas as outras que as coisas materiais só se transformam em riquezas quando atingidas pela inteligência que as elabora e pela vontade que as utiliza... Por que pois pretender esconder ao povo aquilo que ele está farto de saber? Por que querer lisonjeá-lo, como se fazia com os tiranos?

É a liberdade humana que faz os pobres. É ela que seca essas duas fontes primitivas de toda riqueza, a inteligência e a vontade, deixando a primeira se extinguir na ignorância e a segunda se extenuar na devassidão.
ANTOINE FRÉDÉRIC OZANAM, trecho de artigo publicado L'Ere Nouvelle,
Paris, outubro de 1848.

Fonte: NUEC

Um comentário:

  1. TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO-TL/MARXISMO CULTURAL-MC; SOCIALISMO/COMUNISMO E ASSOCIADOS.
    Satanás tem assestado duros golpes na Igreja Católica, desviando-lhe muitas forças vivas por meio do Marxismo Cultural/Teologia da Libertação, a TL/MC, porém não destruí-la, conf. Mt 16.18... e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. De fato, a TL/MC é uma reinterpretação sistemática dos evangelhos sob o paradigma socialista. Apreenderam o “Jesus histórico”, para ela um revolucionário, solidário e descartou o “Jesus transcendente”, Salvador dessa e para a vida eterna a fiéis seguidores. Sendo materialista e atéia, a TL/MC doutrina que, seguindo os ditames da cartilha socialista, será implantado nesse mundo o reino do socialismo, plenamente satisfatório. Convém notar que seu intuito de ideologizar é facilitado por alguns membros ordenados da Igreja apostasiados, alguns conhecidos, e maior parte infiltrados pela Internacional Socialista, agindo até nas altas hierarquias como ordenados a seu serviço, desde a União Soviética, ao perceberem que a Igreja era o maior obstáculo à implantação do socialismo/comunismo, com a meta de a corromper e destruir, afetando-lhe o núcleo de fé transcendente e sua credibilidade, por meio de aparentes promiscuidades gerais sendo de seus membros ordenados - um ardil.
    Nessa sistemática, cristianismo é instrumentalizado à consecução desse objetivo. Nos ensinamentos, a TL/MC usa os mesmos termos eclesiais exegéticos e místicos da Igreja distorcendo-os, dando-lhes conotações políticas, sociais e econômicas, em linguagem repleta de contorcionismos literários, sem confrontação direta, enganando facilmente a quem não possuir conhecimento mais acurado das S. Escrituras, dado às semelhanças de sentido. Todos os S. Padres penalizam com exclusão, excomunhão automática da Igreja a quem se filie à TL/MC, promova ou mesmo divulgue partidos a ela associados ou vote em candidatos admitentes de suas teorias, como aborto, eutanásia, uniões gays, glbts e tudo que contradisser à doutrina da Igreja, contida no Catecismo Católico.
    Há até uma bíblia da Editora Paulus, BÍBLIA. EDIÇÃO PASTORAL dos pes. Ivo Storniolo e Euclides M. Balancin, devidamente ideologizada, adaptada aos conceitos socialistas da TL/MC, aliás - irrecomendável - para fiéis à S. Igreja. À verdade, a TL/MC tenciona é sutilmente destruir as estruturas ético-moral-religiosa cristãs e familiares, incitando e defendendo as diversa versões de promiscuidades gerais como sexo-novelas, festinhas rave, bailes funks, drogas, exaltação do poder gay, etc., pois em sociedade amoralizada, sem fé e nenhuma referência familiar e fragmentada por disputas entre si e de classes, facilitará a dominação por um Estado totalitário, materialista opressor, laico e ateu, (NWO/SHA).
    Há um desafio de Jesus, Mestre muito exigente, inadmitindo-lhe qualquer aceitação parcial: ou O aceitamos sem reservas sendo-lhe fiéis, obteremos a vida eterna ou ao final da vida perceberemos, se não perecermos subitamente, nossa extinção pela morte e inútil existência; teremos de colher o subfruto de um tempo vivido apenas sob contingências de interesses temporais, da carne e sob a prática pessoal da maldita ideologia niilista para a eternidade. E agora...

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