sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Você sabe o que é Juízo Temerário?



Chama-se de juízo temerário o julgamento apressado, arrogante, baseado em impressões, em informações de segunda mão, em maledicência e no “ouvi dizer”. Para o julgamento não ser temerário, a sua motivação precisa ser trazida à tona e examinada. Por trás do juízo podem estar a inveja, o ciúme, a competição e o desejo de vingança. Em outras palavras, o auto-julgamento deve preceder o julgamento alheio. O mandamento de Jesus no sermão do Monte é claro: “Não julguem os outros para vocês não serem julgados por Deus” (Mt 7.1, NTLH).

 

Se as Escrituras desencorajam o juízo temerário, elas encorajam o discernimento espiritual, sem o qual corre-se o risco de chamar o mal de bem e o bem de mal, a escuridão de claridade e a claridade de escuridão, o amargo de doce e vice-versa (Is 5.20).

Discernimento espiritual nada mais é do que distinguir com a maior precisão possível uma coisa da outra — cujas diferenças nem sempre aparecem à primeira vista — com o propósito de fazer o juízo certo. Em qualquer esfera da vida, há uma porção de pessoas, de pronunciamentos e de produtos falsos. Lidamos com isso diuturnamente. O mesmo problema invade e permeia a vida religiosa. É impressionante a lista de coisas falsas que a Bíblia denuncia: testemunho falso (Êx 20.16), notícias falsas (Êx 23.1), acusação falsa (Êx 23.7), juramento falso (Lv 6.3), língua falsa (Pv 21.6), pena falsa (Jr 8. 8 ) , visão falsa (Jr 14.14), circuncisão falsa (Fp 3.2), humildade falsa (Cl 2.23), irmãos falsos (2Co 11.26), profetas falsos (Mt 7.15), mestres falsos (2Pe 2.1), apóstolos falsos (2Co 11.13), espíritos falsos (1Jo 4.1) e até cristos falsos (Mt 24.24).

O campo do discernimento é muito vasto e difícil. É preciso discernir entre o bem e o mal, entre a verdade e a mentira, entre a vontade de Deus e a vontade própria, entre os grandes momentos de Deus e os acontecimentos comuns, entre o Espírito da verdade e o espírito do erro. Uma das parábolas de Jesus fala sobre o trigo e o joio. Buscamos obedecer ao conselho do apóstolo: “Não tratem com desprezo as profecias, mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom” (1Tm 5.20-21).

Texto do padre Reinaldo Bento /Facebook


sábado, 10 de setembro de 2022

05 criminosos convertidos e salvos

05 criminosos convertidos e salvos

“Todo santo é um homem antes de ser santo. E um santo é feito a partir de todo tipo de homem” G. K. Chesterton

Assim como o ouro é matéria-prima para as jóias, a humanidade é matéria-prima para se fazer santos. E, segundo Chesterton, Deus pode fazer um santo a partir de qualquer tipo de homem.

Cristo veio fazer dos pecadores filhos de Deus. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, ensina que a misericórdia deve andar junto com a justiça, e que nenhum crime passará impune, mas lembra que pecado nenhum é maior do que a misericórdia de Deus e que no maior dos assassinos ainda há um fio do Criador.

Muitos homens maus encontraram a luz no fim do túnel, arrependeram-se e abraçaram a morte com ternura. A justiça de Deus transcende nosso entendimento e Seu perdão é infinito, basta uma contrição sincera e um desejo de estar com Ele no Céu. Há santos e beatos que em vida cometeram ações terríveis, como assassinato. Eles são a prova de que Deus permite um mal para que seja feito um bem maior.

O apóstolo São Paulo, que foi um desses homens, explica na carta aos Romanos que não há um justo sobre a terra, mas que é Cristo que justifica aquele que apela à fé. E “tendo sido justificado, pela fé, estamos em paz com Deus por meio de Nosso Senhor Jesus”. Outro grande exemplo foi São Dimas, o ladrão que estava crucificado ao lado de Jesus e que se arrependeu e foi perdoado por Jesus.

Apresentamos a você alguns desses homens ímpios que foram presos por seus crimes, apelaram à fé e foram salvos. Assassinos e viciados, encontraram em Cristo uma saída para as trevas interiores:

São Mark Ji Tianxiang



“Feliz o homem que sofre tentação, pois após ter sido provado receberá a coroa da vida" (Tiago I,12). A Coroa dos Mártires foi desejada por muitos santos, pois o martírio purifica os pecados. São Mark Ji Tianxiang foi um dos coroados.

Nascido no século XIX, Mark foi líder cristão chinês e médico que atendia os pobres de graça. Depois de ter um problema estomacal, teve que se tratar com uma droga chamada ópio, mas acabou se viciando - algo vergonhoso na região.

Sempre que usava, ele procurava o perdão. Confessou-se tantas vezes que o padre confessor julgou que ele não estava levando a penitência a sério e negou a absolvição - a confissão é inválida quando não há propósito de não pecar. Não era o caso. Mark estava, de fato, doente.

A atitude do padre afastaria muitos da fé. Mas, longe dos sacramentos, Mark pensou em algo que pudesse lhe fazer chegar a Cristo. Lembrou-se da coroa dos Mártires, única forma de salvação restante.

Ele orou para se tornar mártir e sua chance chegou em 1900, quando os Rebeldes Boxer começaram a se voltar contra os cristãos. Nessa, Mark foi preso com seu filho, netos e noras. Os cristãos presos se enojaram com a presença do viciado. Ainda assim, determinado a encontrar o Mestre, ele não negou ao Senhor.

A Medicina da época não tinha recursos para lhe ajudar, por isso ele morreu sem se livrar do vício. Mesmo assim alcançou a graça extraordinária da perseverança. Ji seria executado com sua família. Ao ser questionado pelo neto aonde iriam, ele respondeu: “para casa”.

Ele implorou que o matassem por último e ficou ao lado dos familiares decapitados para que não morressem sozinhos. Chegando sua vez, cantou as Ladainhas da Santíssima Virgem e morreu serenamente. Sem comungar por 30 anos, não se esqueceu da carta de São Tiago. Abraçou o martírio e foi abraçado por Cristo.

Mark Claude Newman



“Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes”. Nossa Senhora provou que ama os mais simples. Diversas vezes fez visitas à pessoas ignorantes na fé, como Claude Newman, nos Estados Unidos.

Diferente do chinês Mark Ji, Newman pouco sabia sobre a fé. Nasceu em 1923, em Arkansas, e viveu na casa da sua avó. Negro, num país com ideologias racistas, ainda a criança, trabalhou nos campos de algodão.

Ele foi preso e condenado à morte aos 19 anos, depois de matar o marido de sua avó, Sid Cook. Newman descobriu que ela foi espancada pelo marido e se vingou.

Na prisão, ele conversava com alguns prisioneiros. Um deles, que era católico, usava um pingente no pescoço. Newman quis saber o significado, mas o prisioneiro, não soube responder. Vendo que o pingente chamou a atenção, o prisioneiro disse: “tome isso”.

Era a Medalha Milagrosa, devoção famosa que se originou na França. Newman não sabia disso, mas adorou o presente. Naquela noite a Virgem lhe visitou, acordou-o e disse: “Se quer ser meu filho, chame um padre da Igreja Católica”. E desapareceu. Era a mulher mais linda que ele já viu.

O padre Robert O'Leary foi chamado. Ele começou a ensinar o catecismo ao rapaz, que contagiou outros na cela. Quando o padre foi ensinar sobre os sacramentos, Newman relatou que Nossa Senhora lhe ensinou sobre Confissão e Eucaristia, e falou o que ela havia dito. O padre, de princípio, estava cético quanto à visita da Virgem, mas depois disso, acreditou no prisioneiro.

Newman mudou o clima hostil na prisão. Havia um rapaz que não ia muito com sua cara. Seu nome? James Hughes. De resto, todos gostavam dele e chegaram a pedir que sua condenação fosse adiada por duas semanas.

Isso entristeceu Newman. Seu desejo de alcançar o Céu o fez desejou a morte. “Se tivesse visto o rosto de Dela, e olhado em Seus olhos, não gostaria de permanecer neste mundo outro dia”. Disse Newman ao padre, que lhe orientou a oferecer cada minuto separado de Maria em oferta à conversão de Hughes. Ele fez isso e morreu feliz.

Hughes continuou mal até o dia de sua morte. Todos esperavam sua conversão. Quando estava para morrer, ele blasfemou grosseiramente, mas, no último segundo, pediu para chamar o padre. Hughes confessou seu abandono da fé, seus pecados horrorosos. Ao padre, ele relatou que Claude Newman lhe apareceu e disse: "Ofereci minha morte em união com Cristo na cruz para sua salvação”. Isso fez Hughes se arrepender.

Talvez por isso a passagem de Mateus fala para que seja feita visita aos presidiários, Deus quer usá-los para conversão dos maus, e por isso pedimos intercessão de Claude Newman, que honrou seu nome e fez de Hughes um novo homem.

Alessandro Serenelli



“Quero vê-lo perto de mim no céu”, foi o que disse Santa Maria Goretti antes de morrer e se referia a Alessandro Serenelli, um camponês italiano que nasceu em 1882.

Ele perdeu a mãe ainda quando recém-nascido e o pai alcoólatra era ausente demais para preencher o vazio de sua alma. Na sua família, a mais pobre da região, muitos tinham distúrbios mentais e ele cresceu pertubado.

Aos 20 anos, sem conseguir equilibrar os pensamentos, ele começou a nutrir um desejo sexual por Marieta Goretti, de 11 anos. Ela negou duas vezes, então ele decidiu estuprá-la. Maria Goretti resistiu dizendo que isso ofende a Deus, mas o rapaz, frustrado, feriu a jovem 11 vezes com uma faca. Ele foi preso e ela, no hospital, antes de morrer, disse que o perdoava e queria vê-lo no céu.

Demorou muito para Alessandro demonstrar arrependimento, e nas prisões que frequentou se podia ver quão cínico e frio ele era. Um padre tentou ao máximo amolecer o coração daquele pecador, já que era o desejo da santa. Certa vez, o sacerdote deu a Alessandro alguns livros católicos para se distrair. Ele deu uma olhada e notou um livrinho pequeno de Maria Goretti, que já era conhecida nas províncias. Ao ler a maneira brusca como aconteceu, lembrou-se da cena com vergonha, notou o monstro que era e chorou pela primeira vez.

Culpado pelo que fez, ele chegou a ser confortado em sonho por Maria Goretti. Anos depois, ele foi visitado pela mãe da Santa que disse que lhe perdoava. Foi uma cena linda, ambos comungaram e se ajoelharam juntos. Os dois estiveram na canonização de Goretti em 1950. O assassino arrependido pôde presenciar o Papa Pio XII perguntar aos jovens presentes: "Jovens, prazer aos olhos de Jesus, estão determinados a resistir a todos os ataques à castidade com a ajuda da graça de Deus?". A resposta foi um grande "sim".

Henri Pranzini



Em 17 de março de 1887, um assassinato brutal tomou conta dos jornais franceses e afetou a população de Paris. Henri Pranzini, um aventureiro e poliglota tradutor da França, entrou para assaltar um cofre num apartamento, mas não conseguiu. Frustrado, roubou as joias de quatro vítimas e fugiu. A cena presenciada pela polícia era de três mulheres com as gargantas decapitadas e uma garota com os dedos da mão direita cortados, junto a uma poça de sangue coagulado no tapete da sala e a marca do pé do assassino.

Henri Pranzini foi encontrado, preso e odiado por toda população. Os jornais faziam circular a notícia de que Pranzini foi condenado a pena de morte. Uma menina muito dócil chegou a ler a matéria em um desses periódicos e sentiu que devia rezar pela alma dele. Seu nome? Teresa de Lisieux, a Santa Teresinha do Menino Jesus. Ela meditou no Manuscrito A de sua História de Uma Alma, que, vendo o sofrimento de Jesus na Cruz, gostaria de dar de beber àquele que disse: “tenho sede”. Cristo estava sedento de almas e Teresinha queria ajudá-Lo: “Queria dar de beber a meu Bem Amado e sentia-me devorada pela sede das almas”. Ela disse que ardia pelo desejo de arrancar as almas dos grandes pecadores das chamas eternas.

Teresinha quis a todo custo impedir Pranzini de cair no inferno que usou todos os meios imagináveis. Mas, sentindo que por ela mesma nada poderia, ofereceu a Deus os méritos infinitos de Nosso Senhor e os tesouros da Santa Igreja; mandou, por meio de sua irmã Celina, celebrar uma missa, pois não queria ser obrigada a dizer que era para o grande criminoso. Teresa, depois que Celina insistiu, explicou a intenção, e ficou feliz por sua irmã ter apoiado a “converter meu pecador”.

A Santa recebeu a notícia, por meio do Jornal “La Croix”, de que Henri Pranzini, antes de ser guilhotinado, arrependeu-se e disse, pegou um crucifixo e o beijou três vezes.

Jacques Fesch



“Em cinco horas verei a Jesus”. Frase escrita por Jacques Fesch em seu diário antes de morrer, ele foi um assassino convertido pela intercessão de Teresinha de Lisieux, que, já no céu, ainda estava sedenta de tirar almas pecadoras do inferno e dá-las a Jesus.

Nascido na França, em 1930, foi criado num lar católico mas de pouco fervor, abandonou a fé aos 17 anos. Os alunos com quem estudou diziam que ele não era interessado e faltava demais. Aos 21, engravidou uma jovem chamada Pierrette, mas, tempos depois, largou o emprego no banco de seu pai, abandonou a esposa e a filha e alimentou uma vida imoral, tendo tido um filho com outra mulher. Jacques quis fugir em um Veleiro pelo Oceano Pacífico, mas como seus pais se recusaram a pagar a viagem, em 1954, tentou roubar um comerciante de moedas de ouro, sem êxito. Para escapar, atirou no policial que o perseguia e o matou. A Corte Francesa o condenou à morte em 1957.

Na prisão, de início, Jacques se mostrava indiferente, mas, por intermédio de seu advogado católico, de quem ele zombava nas primeiras visitas, começou a criar uma vida intelectual, impressionando a si mesmo, que era desinteressado na escola. Começou a ler e a escrever e sua jornada intelectual o levou a uma jornada espiritual. Teve contato com muitos santos e se deparou com a História de um Alma, de Santa Teresinha. Ela o ajudou muito em sua conversão, pois o assassino, assim como Henri Pranzini, começou a amolecer o coração. Disse: “Acabei de ler o livro de Santa Teresinha. Que linda Santinha. E como está tão próxima de nós. É necessário ser como as criancinhas e fazer o que elas fazem”.

Santa Teresinha chamou um criminoso de “meu pecador”. Jacques, que voltou a ser uma criança e começou a se apaixonar fortemente por Jesus, chamava a santa de “minha Teresinha”. Ele se arrependeu amargamente de seu crime e aceitou seu castigo serenamente. Teve tempo de se unir em Matrimônio Religioso com sua esposa um dia antes de sua execução. A última anotação em seu diário diz “em cinco horas, verei Jesus”. Morreu na guilhotina em primeiro de outubro de 1957, dia de Santa Teresinha, e existe um movimento internacional que pede a abertura do processo de beatificação.

Quer ler a vida de Jacques Fesch? - Confira: https://www.amazon.com.br/Em-Cinco-Horas-Verei-Jesus/dp/8553019187 

Conclusão

Os méritos desses criminosos não estão no crime, mas no arrependimento, pois eles mostram que a salvação é possível. Cristo está na cruz até o fim dos tempos e ele está esperando o último pecador se arrepender para sair de lá. Tiremos o Cristo da cruz, anunciemos aos oprimidos a Salvação, proclamemos ao mundo que ele tem um Salvador.

sábado, 3 de setembro de 2022

Uma confissão com o Padre Pio





Uma confissão com o Padre Pio

Depoimento da conversão de Frederick Abresh

Em Novembro de 1928, quando fui ver o Padre Pio pela primeira vez, poucos anos tinham passado desde que eu me convertera do protestantismo para o catolicismo, algo que apenas tinha feito por mera conveniência social. Eu não tinha fé; pelo menos agora entendo que apenas tinha a ilusão de tê-la. Tendo sido criado numa família muito anti-católica e imbuído de preconceitos contra os dogmas - até o ponto de que uma ligeira instrução não era suficiente para apagá-los - eu estava sempre ansioso por coisas secretas e misteriosas.

Encontrei um amigo que me introduziu nos mistérios do espiritismo. Muito rapidamente, no entanto, cansei-me dessas mensagens pouco conclusivas que vinham do além-túmulo; entrei pesadamente no campo do ocultismo e das magias de todos os tipos. Foi então que eu conheci um homem que me disse, em ares de mistério, que ele detinha a verdade única: a 'teosofia'. Rapidamente tornei-me seu discípulo, e nas nossas mesas, fomos acumulando livros com os títulos mais atraentes e tentadores. Com muita presunção, ele utilizava palavras como reencarnação, logos, Brahma, Maja, esperando ansiosamente alguma nova e grande realidade que supostamente deveria acontecer.
Não sei porquê - ainda acho que era para agradar à minha esposa - mas de vez em quando ainda me acercava dos santos sacramentos. Este era o estado da minha alma, quando, pela primeira vez, ouvi falar do padre capuchinho que descreviam como um crucifixo vivo, fazendo milagres contínuos. Cheio de curiosidade, decidi ir vê-lo com os meus próprios olhos. Ajoelhei-me no confessionário e disse ao Padre Pio que considerava a confissão uma boa instituição social e educacional, mas que não acreditava de modo algum na divindade do sacramento. O padre, com expressão de viva dor, respondeu-me: 'Heresia! Então, todas as suas comunhões foram sacrílegas...tem de fazer uma confissão geral. Examinar a sua consciência e lembrar quando foi a última vez que fez uma boa confissão. Jesus tem sido mais misericordioso consigo do que com Judas'.

Olhando, então, por cima da minha cabeça, com um olhar severo, disse em alta voz: 'Louvados sejam Jesus e Maria!' E dirigiu-se à igreja para ouvir as confissões de algumas mulheres, enquanto eu fiquei na sacristia, profundamente comovido e impressionado. A minha cabeça girava e eu não me conseguia concentrar, pois martelavam-me nos ouvidos as suas palavras: 'Lembre-se de quando foi a última vez que fez uma boa confissão!' Com dificuldade, consegui chegar à seguinte decisão: vou dizer ao Padre Pio que eu era protestante e que, depois da abjuração, fui rebatizado condicionalmente e que todos os meus pecados de minha vida passada haviam sido apagados pelo santo baptismo mas, para a minha inteira tranquilidade, eu gostaria de começar a confissão desde a minha infância.

Quando o padre retornou ao confessionário, repetiu-me a mesma pergunta: 'Então, quando foi a última vez que fez uma boa confissão?' '. Eu respondi: 'Padre, eu ... e ele então interrompeu-me, dizendo: 'a última vez que fez uma boa confissão foi quando regressou da sua lua de mel, vamos deixar tudo o mais de lado e começar a partir daí'. Fiquei sem palavras, tomado de estupor, e percebi que havia tocado o sobrenatural.

O padre, entretanto, não me deu tempo para refletir. Revelando o seu conhecimento do meu passado, na forma de um questionário, enumerou todas as minhas culpas com absoluta precisão e clareza. Depois me fez conhecer todos os meus pecados mortais com palavras impressionantes, que me levaram a compreender a gravidade dos meus pecados, acrescentando com um tom de voz inesquecível: 'cantava um hino a Satanás, enquanto Jesus, de braços abertos, ardia de amor à sua espera'. Então deu-me a penitência e absolveu-me.

Fonte: Facebook Padre Reinaldo Bento