Trecho da Carta de Thomas More para Peter Giles.
Quando volto para casa, devo conversar com minha mulher, com
os meus filhos, tratar com os empregados. Tudo isso considero parte
das minhas obrigações, pois são coisas que precisam ser feitas a não
ser que se queira ser um estranho na própria casa. Além disso, um
homem tem a obrigação de comportar-se o mais gentilmente possível
com relação àqueles que a natureza, o acaso ou a sua própria escolha
fizeram companheiros da sua existência. Naturalmente, não se pode
estragá-los com familiaridade ou, pela tolerância excessiva, transformar
os empregados em patrões, E assim, no meio dessas preocupações,
escoa-se o dia, o mês e o ano.
Então, qual o tempo de que disponho para escrever? Especialmente
porque ainda não inclui o sono e mesmo as refeições; muitos dedicam
às suas refeições o mesmo tempo dado ao sono, que devora quase
metade das nossas vidas. O tempo que me pertence é o que consigo
roubar ao sono e à alimentação."
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