Fonte: www.gloria.tv/
“Quanto mais alto formos, melhor nós ouviremos a voz de Cristo.” Beato Pier Giorgio Frassati
segunda-feira, 28 de março de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Frases de santos: São João Vianney (Cura d'Ars)
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(São João Vianney (Cura d'Ars). Lion, Dardilly, 8 de maio de 1786 - Ars-sur- |
"Meu Deus, aqui está tudo: tomai tudo, mas convertei a minha querida paróquia. Se Vós não a converterdes, será porque eu não terei merecido. Meu Deus, eu quero sofrer tudo o que queirais, por todo o tempo da minha vida... durante cem anos... e até as dores mais agudas... mas convertei-os..."
"Na alma unida a Deus", "é sempre primavera".
O difamador é parecido com uma lagarta que, passeando sobre as flores, deixa lá sua baba e as suja,
Nossa língua deveria ser utilizada somente para rezar, nosso coração para amar, nossos olhos para chorar.
Nós somos a obra de Deus. Somos sempre a obra de Deus. Entender isso é fácil; que a crucifixão de Deus seja nossa obra, isso é incompreensível.
O homem foi criado para o céu; o demônio quebrou a escada que levava ao céu.
Que você diria de um homem que trabalhasse no campo do vizinho e deixasse o seu sem cultura? Mas é isso que você faz. Você se preocupa com os pecados alheios e se esquece de si próprio.
Como é belo, como é grande conhecer, amar e servir a Deus! Não temos outra coisa a fazer no mundo. tudo o que fazemos fora disso é tempo perdido.
As pessoas do mundo dizem que é muito difícil salvar-se. Ao contrário, não há nada mais fácil: basta observar os mandamentos de Deus e da Igreja, evitar os sete pecados capitais ou, se preferir fazer o bem e evitar o mal...
Eis uma boa regra de conduta: não fazer senão aquilo que podemos oferecer a Deus.
É necessário trabalhar neste mundo, é necessário combater. Teremos toda a eternidade para descansar.
Se nós soubéssemos alimentar sempre o fogo do amor de Deus, pelas orações e pelas boas obras, ele nunca se apagaria.
O bom Deus nos colocou na terra para ver como vai nossa conduta, e saber se nós O amamos; mas ninguém fica na terra.
Quando vamos confessar-nos, é preciso compreender o que é que vamos fazer; pode-se dizer que vamos despregar Nosso Senhor da cruz. Uma confissão bem feita acorrenta o demônio. Os pecados que nós escondemos reaparecerão todos.
Nossas culpas são grãos de areia ao lado da grande montanha que é a misericórdia de Deus.
As tentações mais comuns são o orgulho e a impureza; um dos meios pelo qual se resiste é uma vida ativa para a glória de Deus.
Não imagine que existe um lugar na terra onde possamos escapar da luta contra o demônio, se tivermos a graça de Deus, que nunca nos é negada, podemos sempre triufar.
Que você diria de um homem que trabalhasse no campo do vizinho e deixasse o seu sem cultura? Mas é isso que você faz. Você se preocupa com os pecados alheios e se esquece de si próprio.
Como é belo, como é grande conhecer, amar e servir a Deus! Não temos outra coisa a fazer no mundo. tudo o que fazemos fora disso é tempo perdido.
As pessoas do mundo dizem que é muito difícil salvar-se. Ao contrário, não há nada mais fácil: basta observar os mandamentos de Deus e da Igreja, evitar os sete pecados capitais ou, se preferir fazer o bem e evitar o mal...
Eis uma boa regra de conduta: não fazer senão aquilo que podemos oferecer a Deus.
É necessário trabalhar neste mundo, é necessário combater. Teremos toda a eternidade para descansar.
Se nós soubéssemos alimentar sempre o fogo do amor de Deus, pelas orações e pelas boas obras, ele nunca se apagaria.
O bom Deus nos colocou na terra para ver como vai nossa conduta, e saber se nós O amamos; mas ninguém fica na terra.
Quando vamos confessar-nos, é preciso compreender o que é que vamos fazer; pode-se dizer que vamos despregar Nosso Senhor da cruz. Uma confissão bem feita acorrenta o demônio. Os pecados que nós escondemos reaparecerão todos.
Nossas culpas são grãos de areia ao lado da grande montanha que é a misericórdia de Deus.
As tentações mais comuns são o orgulho e a impureza; um dos meios pelo qual se resiste é uma vida ativa para a glória de Deus.
Não imagine que existe um lugar na terra onde possamos escapar da luta contra o demônio, se tivermos a graça de Deus, que nunca nos é negada, podemos sempre triufar.
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Frases de santos: São Vicente de Paulo
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Pouy, 24 de abril de 1581 — Paris, 27 de setembro de 1660) |
Quando receberes Jesus em vossos corações poderá ainda haver algum sacrifício impossível para vós?
Se quisermos nos dedicar inteiramente ao nosso próximo não devemos reservar a nós mesmo nem tempo nem espaço.
É possível restaura as instituições com a santidade, e não restaurar a santidade com as instituições.
Meus irmãos amemos a Deus, mas amemo-lo às nossas custas, com fadiga de nossos braços, com o suor do nosso rosto.
Não podemos garantir melhor a nossa salvação do que vendo e morrendo a serviço dos pobres.
Para os superiores não há meio de se fazer obedecer do que a mansidão.
O gosto de ser elogiado, de aparecer, o desejo de que seja louvado o comportamento, de que se diga que somos bem sucedidos e que fazemos maravilhas, é um mal.
A conformidade com a vontade divina é o termo do cristão e o remédio para todos os seus males, porque contém a renúncia de si mesmo, a união com Deus e todas as virtudes.
Retirado do livro Ensinamentos dos santos. Felipe Aquino. Editora Cleófas, 2003.
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segunda-feira, 28 de junho de 2010
Ler pouco - "A vida intelectual", de A.D. Sertillanges
Capítulo retirado do livro "A vida intelectual", de A.D. Sertillanges.
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CAPITULO VII - A preparação do trabalho
A. – A LEITURA
I – Ler pouco.
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CAPITULO VII - A preparação do trabalho
A. – A LEITURA
I – Ler pouco.
Trabalhar significa aprender e significa produzir: em ambos os sentidos, o trabalho requer longa preparação, porque produzir é um resultado, e só aprende, em matéria árdua e complexa, quem primeiro atravessou o simples e o fácil: "devemos correr para o mar por meio dos regatos, e não de repente" diz S.Tomás.
Ora, a leitura é o meio universal para aprender, e é a preparação próxima ou remota para toda a produção. Nunca pensamos isoladamente: pensamos em sociedade, em colaboração imensa; trabalhamos com os trabalhadores do passado e do presente. Graças à leitura, pode compararse o mundo intelectual a uma sala de redacção ou repartição de negócios, onde cada qual encontra no vizinho a sugestão, o auxílio, a critica, a informação, o ânimo de que carece.
Portanto, saber ler e utilizar as leituras, é necessidade primordial que o homem de estudo não deve esquecer. Primeira regra: lede pouco. Em 1921, no jornal Le Temps, Paulo Souday que, pelo visto, se queria vingar de mim nalguma coisa, agarrou-se a este preceito: "lede pouco", e pretendeu descobrir nele laivos de ignorantismo. O leitor, se leu o jornal, sabe o valor daquela crítica e, sem dúvida, Paulo Souday também o sabia.
Eu não aconselho a restringir parvamente a leitura: tudo quanto fica dito protesta contra semelhante interpretação. Queremos formar um espírito largo, praticar a ciência comparada, manter o horizonte aberto diante de nós, o que não se consegue sem muita leitura. Mas muito e pouco só se opõem no mesmo terreno. Aqui, é preciso muito absolutamente, porque a obra é vasta; mas pouco em relação ao dilúvio de escritos de que a mais insignificante especialidade sobrecarrega hoje bibliotecas e as almas.
Proscrevemos, sim, a paixão de ler, a ânsia, a intoxicação por excesso de nutrição espiritual, a preguiça disfarçada que prefere ao esforço a frequentação fácil. A paixão da leitura, de que tantos se prezam como de preciosa qualidade intelectual, é tara, é paixão em tudo semelhante às demais paixões que absorvem e perturbam a alma, retalhando-a de correntes confusas que lhe esgotam as energias.
Leia-se com inteligência, não com paixão. Vamos aos livros como a dona de casa vai à praça, depois de cumpridas as ocupações quotidianas de acordo com as leis da higiene e da boa administração. A dona de casa não vai à praça com o mesmo intuito com que vai à noite ao cinema. O mesmo sucede com a leitura: é questão, não de gozar e de se embriagar, mais de governar e administrar bem a casa.
A leitura desordenada não alimenta, entorpece o espírito, torna-o incapaz de reflexão e concentração e, por conseguinte, de produção; exterioriza-o no seu interior, se assim se pode dizer, e escraviza-o às imagens mentais, ao fluxo e refluxo das ideias que ele se limita a contemplar na atitude de simples espectador. É embriaguez que desafina a inteligência e permite seguir a passo os pensamentos alheios e deixar-se levar por palavras, por comentários, por capítulos, Por tomos. A série de excitações assim provocadas arruina as energias, como a constante vibração estraga o aço. Não esperemos trabalho verdadeiro de quem cansou os olhos e as meninges a devorar livros; esse encontra-se, espiritualmente, em estado de cefalalgia, ao passo que o trabalhador, senhor de si, lê com calma e suavidade somente o que quer reter, só retém o que deve servir, organiza o cérebro e não o maltrata com indigestões absurdas.
Ide antes dar um passeio, ler no livro imenso da natureza, respirar o ar fresco, distrair-vos. Depois da actividade tomada voluntariamente, organizai a distracção voluntária, em vez de vos entregardes a um automatismo que de intelectual só tem a matéria, mas que em si é tão banal como o escorregar por uma encosta ou o escalar uma montanha.
Fala-se da necessidade de estar 'ao corrente', e decerto um intelectual não pode ignorar o género humano, menos ainda desinteressar-se do que se escreve na esfera da sua especialidade; cuidado, porém, não vá a 'corrente' arrastar todas as disponibilidades laboriosas e, em vez de vos levar para diante, imobilizar-vos. Para avançar, é preciso remar; nenhuma corrente, por si só, vos conduzirá aonde quereis chegar. Abri, por vós próprios, o caminho, e não enveredeis por todas as sendas que se vos oferecem.
A restrição deve afectar sobretudo as leituras menos substanciais e menos sérias. Não falemos do veneno dos romances. Um ou outro de quando em quando por distracção e para não perder de vista alguma glória literária; mas que seja pura concessão porque a maior parte dos romances abalam e não repousam, agitam e desorientam os pensamentos.
Quanto aos jornais, defendei-vos deles tanto mais energicamente quanto mais constantes e indiscretos são os seus ataques. Convém saber o que os jornais contêm; mas é tão reduzido o conteúdo! E seria tão fácil informar-se dele, sem necessidade de se instalar em intermináveis sessões da preguiça! Em todo o caso, há horas mais adaptadas para a corrida às notícias do que a hora do trabalho. O trabalhador consciencioso deveria contentar-se com a crónica semanal ou bimensal duma Revista, e recorrer aos jornais só quando lhe apontem algum artigo notável ou acontecimento grave.
Em resumo: podendo recolher-vos, ponde de parte a leitura; lede unicamente, excepto nos momentos de distracção, o que respeita ao fim em vista, e lede pouco, para não devorar o silêncio.
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quarta-feira, 9 de junho de 2010
Santo Sudário: respostas para perguntas frequentes
A exposição foi concluída dia 23 de maio em Turim
Por Carmen Elena Villa
Por Carmen Elena Villa
TURIM, segunda-feira, 7 de junho de 2010 (ZENIT.org).- Ao concluir no dia 23 de maio a ostensão do Santo Sudário – que desde 10 de abril recebeu milhões de peregrinos em Turim –, ZENIT responde algumas das perguntas mais frequentes que surgem sobre esse “ícone” impresso com sangue, como disse Bento XVI, ao venerar o manto sagrado a 2 de maio na catedral de Turim.
–Os evangelhos mencionam o Santo Sudário?
–Sim, os quatro evangelhos consideram o detalhe do manto que envolveu Jesus em sua morte:
“José, tomando o corpo, envolveu-o num lençol limpo e o colocou num túmulo novo, que mandara escavar na rocha. Em seguida, rolou uma grande pedra na entrada do túmulo e retirou-se.” (Mateus 27, 59).
"José comprou um lençol de linho, desceu Jesus da cruz, envolveu-o no lençol e colocou-o num túmulo escavado na rocha; depois, rolou uma pedra na entrada do túmulo" (Marcos 15, 46).
"Desceu o corpo da cruz, enrolou-o num lençol e colocou-o num túmulo escavado na rocha, onde ninguém ainda tinha sido sepultado." (Lucas 23, 53).
"Os dois corriam juntos, e o outro discípulo correu mais depressa, chegando primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. Simão Pedro, que vinha seguindo, chegou também e entrou no túmulo. Ele observou as faixas de linho no chão, e o pano que tinha coberto a cabeça de Jesus: este pano não estava com as faixas, mas enrolado num lugar à parte." (João 20, 4 - 7).
–Quais características tem o lençol?
–É um sudário de linho manchado com 4,41 metros de comprimento e 1,13 de largura, tecido com um desenho de espinha de peixe de alta qualidade e pouco comum para a época. Apresenta diversas cicatrizes que foram deixadas pelo tempo como manchas, queimaduras e remendos.
–Por que apresenta sinais geométricos?
–Pela ocorrência de um incêndio na capela de Chambéry, em 1532. Uma gota de prata caiu em um dos cantos, causando graves danos. Logo foi reparado. Algumas religiosas clarissas o remendaram. Também apresenta manchas de água na parte central, ao que parece causadas pela água com que se apagou o incêndio.
–Esse Sudário apresenta a imagem impressa de um homem. Quais são sua características?
–É um homem com barba, que jaz morto. Pode ser visto graças a uma impressão e manchas de sangue por meio das feridas sobre o rosto, cabeça, mãos e corpo. Também se vê a parte dorsal do corpo coberta de feridas muito peculiares que atravessam as costas, pernas e descem até a planta do pé. A imagem que aparece é dupla: frontal e dorsal.
Ainda que apresente a imagem deste cadáver, não se registra nenhum resto de decomposição. Portanto, se comprova que foi envolto de um corpo humano durante um breve período, ainda que suficiente para que se imprimisse uma imagem.
–Apresenta sinais de coroa de espinhos?
–Não de uma coroa, mas de um capacete de espinhos. As fotos do Santo Sudário permitem realizar uma “autópsia” teórica, que demonstra que as gotas de sangue dispersas na cabeça derivam claramente de feridas de pontas cravadas em vários pontos. Também são vistas diversas gotas de sangue venoso e arterial que correspondem à complexa rede de veias e artérias da cabeça.
A parte cervical aparece fortemente castigada, como se a coroa de espinhos fosse continuamente apertada contra a cabeça. Se o homem do Santo Sudário for Jesus Cristo, pode-se ver que usou a coroa durante o caminho do Calvário e também na cruz, adicionando maior suplício. É importante explicar que nenhuma documentação histórica fala que os homens crucificados foram coroados com espinhos.
–Apresenta sinais de flagelação?
–Sim. O flagelo usado contra o homem do Santo Sudário era dilacerante e contundante, entrava na pele; Mel Gibson se baseou em estudos do Santo Sudário para a cena da flagelação de Cristo no filme “A Paixão”. Os estudos demonstram que, como mostra o filme, cada golpe desgarrava a pele, provocando sangramento. Os chicotes apresentam três pontas terminadas em duas bolas metálicas. Este tipo de flagelo foi encontrado em escavações arqueológicas, sobretudo nas catacumbas romanas.
O número de golpes recebidos, segundo os estudos do Santo Sudário, foram cerca de 120, sem contar os que não foram possíveis de ser estudados por conta do incêndio de 1532. Cada golpe gera um impacto de 8 centímetros quadrados e o volume contundido de 12 centímetros cúbicos.
–Por que se considera que o homem do Santo Sudário esteve crucificado?
–Porque há sinais de pregos nas munhecas, não nas mãos, como diz a tradição, que Jesus foi crucificado, com pregos nos tornozelos, não nos pés.
Antigamente os crucificados eram atados à cruz por meio de cordas e com pregos. Também há sinais de uma lança que atravessou sua costela, a que se refere o evangelho de João.
O homem do Santo Sudário carregou uma madeira horizontal da cruz atada nos braços, como também mostra o filme “A Paixão de Cristo”. Com o toque da corda em seu corpo se abriram novamente as feridas da flagelação. No homem do Santo Sudário estas feridas podem ser vistas na escápula, antebraço e ombro direito.
–Por que são tão famosos os negativos dessa imagem?
–O fotógrafo Secondo Pia foi o primeiro a fotografá-lo em 1898. Ao revelar o negativo se deu conta que a imagem mostrava o rosto e o corpo do homem do Santo Sudário no positivo, o que indica que o rosto do homem foi gravado naquele Sudário em imagem negativa. Posteriormente foram feitas mais fotos e a impressão da imagem saiu com melhor qualidade e o negativo oferecia um contraste natural e uma nitidez impressionante. Poder-se-ia dizer que a impressão do Santo Sudário é como um negativo que se converte em positivo.
–É certo que o Santo Sudário tem características tridimensionais?
–Sim. Em 1976 os físicos John Jackson e Eric Jumper, com Kenneth Stevenson, Giles Charter e Peter Schmacher, estudaram a fotografia do Sudário com um programa especial chamado “Interpretation Systems VP-8 Image Analyzer”, nos laboratórios de Sandia Scientific Laboratories, em Albuquerque, Novo México. O resultado mostrava que a fotografia tinha uma dimensão “codificada”, com profundidade, diferente de qualquer outro desenho ou pintura que pudesse ser submetido ao analisador de imagens.
Por isso, medindo a intensidade deste colorido, pode-se perfeitamente calcular e reproduzir, como numa estátua, o relevo do corpo envolto por esta “tela”.
Este resultado do VP8 não foi obtido nunca com nenhuma outra imagem artística.
–Como o Sudário chegou a Turim?
–Segundo fontes mais tardias, um sudário com o retrato de Jesus foi levado para Jerusalém e Edesa (atual Urfa, ao leste da Turquia), onde foi utilizado segundo uma tradição para apresentá-lo a Abgaro V, rei de Edesa (reinou de 13-50), convertendo-se ao cristianismo. Mas depois que seu filho voltou ao paganismo foram perdidas as pistas deste lençol.
No ano de 525 Edesa sofreu uma inundação. Durante sua reconstrução apareceu um sudário com a imagem de Jesus. Imediatamente foi reconhecido como o Sudário que cinco séculos antes foi trazido de Jerusalém ao rei Abgaro. A imagem de Jesus é descrita como “não feita por mãos humanas”.
No ano de 943, o Sudário foi levado a Constantinopla, onde foi recebido festivamente pelos fiéis. Durante o saque de Constantinopla, em 1294, segundo o testemunho de Robert de Clary, o Sudário desaparece: “Nem grego nem francês sabe para onde foi o Sudário quando a cidade foi tomada”, diz.
A documentação histórica voltou a falar do Santo Sudário em 1355, sob a propriedade do cavaleiro Godofredo I de Charny. Ao morrer, o Santo Sudário foi herdado por sua irmã Margarita, que não teve descendência. Em 1418, foi levado a Lirey, um pequeno povoado ao norte da França, para protegê-lo das guerras com a Inglaterra.
Margarita, em 1453, entrega o Santo Sudário aos Duques de Savóia. Em 1502, é inagurada a Sainte Chapelle, em Chambéry, para custodiar o Santo Sudário. Em 1532 houve um incêndio nessa capela. Em 1535, o Santo Sudário viajou por Turim, Milão, Vercelli e Niza, devido à invasão das tropas francesas em Chambery. Em 1578, chegou a Turim para ficar. Mas só em 1706 foi transportado por um tempo a Genova. Também entre 1938 e 1953 foi transportada à abadia Beneditina de Montevergine, para protegê-lo dos possíveis ataques durante a Segunda Guerra Mundial. Logo regressou à catedral São João Batista de Turim, onde está atualmente.
–De quem é o Santo Sudário?
–Desde 1983 é propriedade da Igreja Católica, pois após a morte do rei Humberto II de Savóia foi entregue ao Papa João Paulo II.
–De quanto em quanto tempo são realizadas exposições do Santo Sudário?
–Não existe uma periodicidade. O manto se expõe em tempos especiais por vontade do Papa. Desde que chegou a Turim, foi exposto em 1737 com motivo do casamento do duque Carlos Manuel III de Savóia. Logo foi exposto novamente em 1868, e em 1898 para celebrar os cinquenta anos da família Savóia como reis da Itália. Em 1931, foi exposto novamente com o casamento do príncipe Humberto de Savóia (logo rei Humberto II). Em 1978 e em 1998, para comemorar o primeiro centenário das fotografias do Santo Sudário. Foi exposto mais uma vez no ano 2000, com motivo do grande Jubileu e agora em 2010 por vontade do Papa Bento XVI.
-Um estudo em 1988 disse que se tratava de um falso medieval...
–É certo. Em 1988 foi extraído um fragmento do Santo Sudário para determinar cientificamente sua origem. Três laboratórios de Carbono 14 da Grã-Bretanha, Suíça e Estados Unidos calcularam que não podia ter mais de oito séculos. Imediatamente os meios de comunicação disseram que se tratava de um falso medieval. O então arcebispo de Turim, cardeal Anastasio Alberto Ballestero, reconheceu diante dos meios de comunicação que a peça não era autêntica.
Contudo, muitos cientistas e arqueólogos começaram a suspeitar sobre como alguém, sem que existisse a fotografia, pudesse falsificar no tempo medieval uma imagem com tantos detalhes e que é possível ver tão claramente somente nos negativos das fotos, com tal exatidão anatômica patológica e cultural. Por isso as investigações continuam.
O fragmento do Santo Sudário que foi utilizado para este estudo é muito pequeno. Foi recortado do canto superior que foi remendado e tocado por milhares de pessoas quando as exposições eram feitas sem nenhum tipo de proteção entre os séculos XIV e XIX. Por isso alguns pensam que os resultados desses estudos foram dados porque estavam muito contaminados.
–Outros dizem que se trata de uma obra de arte.
–Impossível. Em 1978, foi realizado um rigoroso exame do corpo, os braços e o tórax onde se comprova que não foi usado nenhum tipo de pigmento para pintar o Santo Sudário. Ao contrário, as fibras simplesmente parecem descoloradas, como ocorre com um jornal quando se expõe à luz do sol. As aparentes manchas de sangue não apresentam nenhum pigmento diferente. Durante a análise se chegou à conclusão de que se trata de sangue real.
–O que demonstra que este sudário estava em Jerusalém?
–Nos estudos realizados, foram encontradas partículas de poeira que incluem grãos de pólen de dois mil anos de idade de uma planta local de Jerusalém. Restos de pólen deste tipo também aparecem em alguns fósseis que foram encontrados no Mar Morto. Graças a outros tipos de grãos de pólen foi demonstrado o percurso que o Santo Sudário fez chegar até Turim.
–Se sempre foi tão importante o Santo Sudário, existem documentos históricos que se referem a ele?
–Sim, muitos. Foquemos em um: há um manuscrito que se chamaCodex Prey. Está datado entre 1192-1195. Tem cinco ilustrações, que representam a crucificação, o declínio da cruz, a unção do corpo de Cristo na sepultura e Cristo ressuscitado.
As ilustrações mostram um lençol em escala real, e com proporções idênticas ao Santo Sudário. O corpo de Jesus aparece completamente desnudo, como no Santo Sudário, algo insólito em um desenho do século XII e na mesma posição em que aparece o Santo Sudário.
Algo muito curioso é que o tecido do manto que envolveu Jesus se apresenta no formato de espinha de peixe, muito pouco frequente nessa época. Apesar de que o desenho seja rudimentar, não deixa escapar esse detalhe. O desenho apresenta também os mesmos buracos que se formaram neste Sudário antes do incêndio de 1532.
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
A Igreja e o Estado para Santo Tomás de Aquino

O fim do homem, para Santo Tomás, é o aperfeiçoamento de sua natureza, o que somente pode cumprir-se em Deus. A finalidade última das ações humanas transcenderia, portanto, ao próprio homem, cuja vontade, mesmo que ele não o saiba, leva-o a dirigir-se ao ser supremo.
Para que possa ser considerada boa, a vontade deve conformar-se á norma moral que se encontra nos homens como reflexo da lei eterna da vontade divina. Esta, no entanto, não pode ser conhecida pelo homem, de tal forma que ele deve limitar-se a obedecer aos ditames da lei natural, entendida como lei da consciência humana.
Em política, Santo Tomás distingue três tipos de lei, que dirigem a comunidade ao bem comum.
Em política, Santo Tomás distingue três tipos de lei, que dirigem a comunidade ao bem comum.
O primeiro é constituído pela lei natural (conservação da vida, geração e educação dos filhos, desejos da verdade); o segundo inclui as leis humanas ou positivas, estabelecidas pelo homem com base na lei natural e dirigidas à utilidade comum; finalmente, a lei divina guiaria o homem à consecução de seu fim sobrenatural enquanto alma imortal.
Quanto ao problema das relações entre o poder temporal e o poder espiritual, as idéias de Santo Tomás revelam a procura de equilíbrio entre as tendências conflitantes da época. O Estado (poder temporal) é concebido como instituição natural, cuja finalidade consistiria em promover e assegurar o bem comum.
Por outro lado, a Igreja seria uma instituição dotada fundamentalmente de fins sobrenaturais. Assim, o Estado não precisaria se subordinar à Igreja, como se ela fosse um Estado superior. A subordinação do Estado à Igreja deveria limitar-se aos vínculos de subordinação existentes entre a ordem natural e a ordem sobrenatural, na medida em que esta aperfeiçoaria a primeira.
Quanto ao problema das relações entre o poder temporal e o poder espiritual, as idéias de Santo Tomás revelam a procura de equilíbrio entre as tendências conflitantes da época. O Estado (poder temporal) é concebido como instituição natural, cuja finalidade consistiria em promover e assegurar o bem comum.
Por outro lado, a Igreja seria uma instituição dotada fundamentalmente de fins sobrenaturais. Assim, o Estado não precisaria se subordinar à Igreja, como se ela fosse um Estado superior. A subordinação do Estado à Igreja deveria limitar-se aos vínculos de subordinação existentes entre a ordem natural e a ordem sobrenatural, na medida em que esta aperfeiçoaria a primeira.
A harmonização, no plano social e político, entre poder temporal e poder espiritual seria, portanto, análoga à que Santo Tomàs procura estabelecer entre filosofia e teologia, entre razão e fé.
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Coleção Os pensadores. Santo Tomás de Aquino . Pág 13-14.
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Coleção Os pensadores. Santo Tomás de Aquino . Pág 13-14.
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